Aos Leitores, nossos eternos parceiros O Boletim da Saúde, considerado a alma da Escola de Saúde Pública/SES, é uma revista que faz parte da vida dos trabalhadores da política de saúde há 47 anos. Dar voz ao Boletim é uma forma de valoriza&cced ... Leia mais
A Escola de Saúde Pública (ESP) com muito orgulho coloca à disposição da comunidade científica e profissional da saúde pública mais um número do Boletim da Saúde. Ao longo de sua história tem conquistado seu espaço ... Leia mais
Este artigo apresenta parcialmente a experiência desenvolvida pelo Departamento de Ações em Saúde da Secretaria Estadual da Saúde do Rio Grande do Sul, junto às Coordenadorias Regionais de Saúde (CRS) e aos municípios, a partir do ano de 2011, em relação à utilização das ferramentas de Apoio Institucional enquanto dispositivos de Educação Permanente. Relata o processo desencadeado centralmente para o Fortalecimento da Atenção Básica no Estado, por meio da constituição de grupos multiprofissionais e georreferenciados como potência para implantação das Redes de Atenção à Saúde (RAS) e a reestruturação das demais políticas e programas de saúde (ciclos vitais e transversalidades) a partir da concepção e da organização das Linhas de Cuidado e da relação com o território. Leia mais
O texto aborda os múltiplos sentidos dos conceitos de integralidade, educação permanente e trabalho em equipe nos contextos da formação em serviço no Sistema Único de Saúde. Respaldando-se nas teorizações de autores contemporâneos que discutem a leitura de conceitos e teorias em contextos diversos, esses conceitos são problematizados e colocados sob rasura frente aos desafios da atenção e do ensino em saúde. A articulação da integralidade da atenção com a educação permanente dos profissionais de saúde e com o trabalho em equipe é destacada no texto devido à importância desses aspectos na formação de profissionais para atuação em serviços de saúde, de modo que esta formação não seja capturada pela lógica dominante do “modelo de biomedicalização”. Considera- se que esses conceitos produzem sentidos na formação de profissionais de saúde quando o ensino está incluído dentro de serviços do SUS e mantêm o foco no cuidado centrado no usuário. Leia mais
O artigo insinua que pensar Educação e/ou Ensino na Saúde é incorporar os conceitos de reconhecimento e autonomia, visto que a realidade dos espaços societários na qual se desenvolvem os projetos educativos implica ter presente não só os conceitos de “atores sociais”, “relações sociais”, mas de “complexidade” – conceitochave – que redefine os parâmetros de entendimento daqueles e do próprio espaço societário. Para o autor, as ações político-pedagógicas das propostas de educação popular em saúde se inscrevem como educação cidadã, porque o processo de construção de conhecimento e socialização de saberes se dá na concretização de espaços de mediação social e de explicitação de conhecimentos diferenciados voltados para a promoção de um bem público que não exclua, ou seja, privatizado. Leia mais
Este trabalho objetiva descrever e analisar práticas de educação popular e de fortalecimento do controle social no processo de trabalho de um Centro de Atenção Psicossocial (CAPS). Trata-se de um estudo descritivo e analítico de abordagem qualitativa, decorrente da pesquisa intitulada Educação Permanente em Saúde no processo de trabalho de um CAPS, por meio de entrevistas com 27 profissionais e observações de campo de três pesquisadores no estudo de caso de um CAPS do Estado do Rio Grande do Sul. Os dados foram coletados pelo Circulo Hermenêutico-dialético, numa abordagem construtivista e responsiva, pela pesquisa Capsul, com aprovação pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Faculdade de Medicina/UFPel. A análise foi realizada de acordo com a Hermenêutica Dialética, contemplando o contexto histórico, a descrição do serviço, a consolidação dos dados por atividades coletivas, e a sistematização em três categorias: diversidade de atores; horizontalidade das relações; problematização e resolutividade. Entre as atividades de educação permanente em saúde, reconhecidas nesta pesquisa, identificaram-se práticas de educação popular e de fortalecimento do controle social, como oficinas de alfabetização e atividades de mobilização comunitária, dentre outras. Embora não se possa concluir que estas práticas estão presentes em qualquer processo de trabalho em saúde, possibilitou apresentar as potencialidades das práticas de educação em saúde que promovam a inclusão e a participação de todos os agentes capazes de construir e transformar as práticas de saúde que respeitem os princípios do Sistema Único de Saúde e que podem ser desenvolvidas nos diversos serviços de saúde. Leia mais
O presente artigo discute o processo de formação como dispositivo para a saúde do trabalhador. A partir das experiências das autoras, uma como apoiadora pedagógica no Humaniza/SUS, outra como residente em saúde coletiva, surge a questão do quanto o oferecimento de uma formação que visa potencializar os trabalhadores da saúde como apoiadores institucionais, modifica sua relação com o trabalho, onde passam a compreender a relação entre atenção e gestão no Sistema Único de Saúde (SUS). Esses trabalhadores passam a intervir na organização do trabalho e modificá-la por meio de sua prática, com a valorização do trabalho e do trabalhador. Leia mais
Apesar do desenvolvimento das ciências biológicas e das biotecnologias trazerem avanços ao longo dos tempos, a doença, o sofrimento e a morte continuam e continuarão a fazer parte da vida do homem. Quando a dor e o sofrimento deixam de ser experiências humanas, isso é, ficam desapropriadas da sua significação, elas passam a ser somente orgânicas, dado que a dor e o sofrimento, como experiências humanas que são, têm significado em si próprias, porque são vividas por pessoas, por cada um de nós. De fato, só no espaço entre o conhecimento objetivo e a vivência fenomenológica é permissível o entendimento do homem enquanto sujeito-objeto. Por esse motivo, faremos uma pequena reflexão sobre o corpo vivido doente, partindo da dualidade corpo-objeto e corpo-vivido no âmbito dos cuidados de saúde, envolvendo os conceitos de saúde e de doença, tendo como elemento constitutivo desta abordagem a evolução das ciências biológicas e das biotecnologias. Leia mais
O presente estudo discute os modos de vida no contemporâneo no que se refere à utilização de medicamentos ansiolíticos. As análises desse campo levaram a uma discussão paradoxal entre modos de vida que, ao mesmo tempo em que nos lançam em ritmos cada vez mais velozes e adoecedores, também produzem desejo de anestesiamento do corpo, para suportar a saturação que esses estilos de vida têm produzido. O filme “A pele que habito” é intercessor e recurso metodológico desta discussão, o qual permite falar sobre corpos que não têm aguentado mais os novos modos de viver e por isso, pedem uma nova ética para com a vida, uma política de recusa aos ritmos estafantes. Leia mais
El objetivo de esta investigación fue identificar el contenido y organización de las representaciones sociales sobre el dolor y describir las diferencias por el tipo de consulta y el tiempo de cronicidad del dolor. Se aplicó el enfoque estructural de las representaciones sociales. Se utilizó el método asociativo de listado libre. La muestra estuvo conformada por 40 mujeres trabajadoras que asistieron a consulta por dolor crónico osteomuscular a los servicios de ortopedia y neurocirugía de un hospital en Guadalajara México. Los resultados mostraron que existen pocas diferencias entre los grupos comparados. La angustia es la palabra con mayor jerarquía referida por el total de las trabajadoras y es el sentimiento más común junto con la desesperación y el temor. La principal consecuencia atribuida al dolor es la limitación y la incapacidad. El núcleo central del dolor para las mujeres trabajadoras esta enmarcado en la angustia y la limitación para la realización de actividades. Otros núcleos comunes son minusvalía, aceptación, desesperación e incapacidad. Leia mais
Numerosas cuestiones llevadas por la contemporaneidad aparecen comprensibles, en régimen de complejidad, dentro de la más amplia crisis global que está afectando los modelos de toma de decisiones centralizados en la definición, planteamiento y evaluación de las políticas para la promoción de la salud y las políticas sociales. En este sentido, la creciente complejidad de los fenómenos sociales requiere la inclusión de diferentes actores en la toma de decisiones donde la participación es la condición para la efectividad del diseño, implementación, evaluación de las políticas, de las intervenciones, de los servicios. En este sentido, el reto educativo contemporáneo está en la capacidad de desarrollar competencias y capacidades tanto en los grupos, en las asociaciones, en las comunidades cuanto en las instituciones para buscar nuevas formas de organización social en una manera más compleja y participativa mediando entre las instancias emergentes de los ciudadanos y de las comunidades y los marcos normativos institucionales en los ámbitos de servicios de promoción de la salud y de servicios sociales. Desde esta perspectiva, el sistema de salud sólo puede pensarse en términos de auto-eco/organización entre varias instancias de (autonomía-interdependencia) cual tensión participativa entre normalización- personalización, burocratización-democratización, gobernanza-centralización). Leia mais
La teoría fundamentada, según Strauss y Corbin, no es sólo un procedimiento de investigación, sino una forma de pensar la realidad social y de estudiarla. La satisfacción laboral, definida como la actitud de la persona hacia su situación de trabajo ha sido estudiada tanto por investigadores de corte cuantitativo, como cualitativo que consideran la postura emic, esto es, el punto de vista de los actores. En este estudio se buscó analizar la percepción de la satisfacción laboral de los médicos que se dedican a la salud ocupacional en empresas de la ciudad de México. Se realizó con base a la teoría fundamentada, con apoyo del programa Atlas.ti. Los resultados muestran que los médicos estudiados no consideran a la satisfacción laboral como algo estático sino como resultado de su integración al puesto, la cual se ve favorecida por el trabajo en sí mismo, sus condiciones de trabajo y relaciones sociales, así como por el estrés que es causa y efecto de la misma. Se considera a la teoría fundamentada como una metodología correcta para este estudio ya que permitió sistematizar y dar solidez a la investigación realizada, así como obtener una visión integral de la percepción de la SL de los médicos participantes. Leia mais
O objetivo deste artigo é apresentar um levantamento preliminar realizado sobre o perfil dos usuários que acessam os Centros de Atenção Psicossocial para Álcool e outras Drogas (CAPS AD), na cidade de Porto Alegre. O levantamento foi realizado por meio de pesquisa nos prontuários dos usuários que acessaram os serviços no período de junho a novembro de 2014, com questões sobre sexo, faixa etária, raça/cor, estado civil, grau de instrução, moradia, ocupação/renda e droga de eleição. Foi totalizado um número de 1.125 usuários que acessaram os cinco CAPS AD. O perfil dos usuários que acessam os serviços, neste período, aponta para algumas especificidades: são predominantemente homens, adultos, concentrados na faixa etária dos 30 aos 50 anos, brancos, com baixa renda o que pode ser associado ao fato de estarem desempregados ou sem trabalho no momento em que acessaram o CAPS AD, solteiros e morando com a família. A droga de prevalência foi o álcool, seguida do crack e cocaína. Constatou-se que um número significativo de usuários de álcool está buscando atendimento nos CAPS AD, apesar do foco da política de drogas estar direcionado ao uso de crack. Por fim, a análise dos dados traz alguns indicativos importantes para serem problematizados como o investimento em ações no âmbito da saúde pública que possam ampliar o escopo da atenção aos usuários de todos os tipos de drogas e, em especial, de drogas lícitas como o álcool. Leia mais